Política
Portaria do governo Bolsonaro impede vinda de Nicolás Maduro à posse de Lula
Com a confirmação da presença de chefes de Estado de diversas nações à posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no próximo dia 1º, um deles tem expressa norma que proíbe a vinda ao evento presidencial. Um decreto assinado em 2019 pelos então ministros da Segurança Pública e das Relações Exteriores, Sergio Moro e Ernesto Araújo, respectivamente, impede o ingresso de altos funcionários do regime venezuelano. Nicólas Maduro, amigo de Lula, presidente da Venezuela, está entre os impedidos.
Para que o documento perca efeito é necessário uma nova portaria por parte do governo Bolsonaro (PL), o que é descartado pela gestão lulista. À época, a elaboração do texto se baseou nas declarações das reuniões do Grupo de Lima, em 2019. A entidade reúne representantes de 14 países que buscam soluções para a crise na Venezuela. Bolsonaro se mostrou um dos contrários a gestão de Maduro e declarou apoio a ações opositoras ao regime.
“Nós não pouparemos esforços – dentro, obviamente, da legalidade, da nossa Constituição e de nossas tradições – para que a democracia seja restabelecida na Venezuela. E todos nós sabemos que isso será possível através não apenas de eleições, mas de eleições limpas e confiáveis”, afirmou o mandatário à época.
O presidente da Argentina, Alberto Fernandez, da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e de Honduras, Xiomara Castro, já confirmaram presença na cerimônia de posse.
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