Política
Prefeito eleito de Muribeca critica redução da verba de remanejamento aprovado na LOA pela Câmara de Vereadores
O prefeito eleito de Muribeca, no Baixo São Francisco Sergipano, Mário de Sandra (PL), criticou a redução de 80% para 1% do valor do remanejamento de verbas orçamentárias Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovado pela atual legislatura da Câmara de Vereadores do município sergipano e que será executada pela próxima gestão. A LOA é encaminhada pelo Poder Executivo à Câmara e prevê as despesas e receitas do município para o ano subsequente.
“Existe uma situação política nunca vista na história do município. O remanejamento enviado pelo executivo previa o valor de 80% e alguns vereadores da Câmara da atual legislatura encaminharam uma emenda para extinguir o remanejamento, mas não sendo possível, se reduziu esse remanejamento de 80% para 1%”, criticou o prefeito eleito em vídeo publicado em suas redes sociais.
De acordo com o prefeito eleito, o remanejamento serve para que o chefe do poder executivo “possa definir onde deve ser gasto, estrategicamente, as verbas. Para que as demandas e serviços continuem rodando sem que haja dificuldade ou prejuízo para a população. Este índice de remanejamento é feito num percentual considerável, dando segurança ao executivo para realizar as tarefas”, explicou.
Mário enfatizou ainda que a decisão dos vereadores da atual legislatura tira a sua oportunidade de gerir melhor o orçamento do nosso município. “Tirou 80% da possiblidade de se gastar com assistência social, saúde, educação, urbanismo e se reduziu para 1%. E isso nunca aconteceu. Sou filho de uma ex-prefeita, que já ganhou e perdeu eleições e, mesmo deixando a prefeitura, este orçamento nunca foi encaminhado desta forma. Nunca se fez oposição por fazer, sempre foi feito oposição com responsabilidade”, afirmou o futuro gestor.
“Se um milhão e meio, por exemplo, foi aprovado para gasto anual com assistência social, será que Muribeca precisaria de mais recursos para essa área? Uma cidade que tem um déficit habitacional muito grande, precisaria de mais recursos? Para a cabeça dos vereadores que votaram esta emenda não. Porque um milhões e meio, se forem gastos até o mês de junho, pela lei aprovada, o poder executivo não terá mais recursos para gastar. Esses vereadores não tiveram a consciência da importância desta lei e limitaram totalmente a atuação da nova gestão do executivo municipal”, destacou Mário, acrescentando que não vai se intimidar com esse tipo de prática de política antiga.
Ainda segundo Mário, os vereadores encaminharam para a Câmara a “emenda da morte”. “Fui eleito para gerir a cidade e executar orçamento, que deve atender as demandas e necessidades da população, em razão disso, muitas pessoas se incomodam. Fico angustiado porque esse tipo de atitude prejudica a população, prejudica uma melhor assistência de saúde. Vocês encaminharam para a câmara a emenda da morte. A culpa vai ser sua parlamentar, se algum dia a população precisar de um serviço e não conseguir por falta de orçamento em determinada área”, alegou o prefeito eleito, afirmando ainda que criará uma comissão na sua gestão para acompanhamento das atividades do Poder Legislativo. “Será formada por servidores e técnicos para acompanhar os gastos da Câmara”.
Mário foi eleito com 3.210 votos, alcançado 54,53%, já a candidato Cristina Franco (PSD), aliada do atual prefeito Fernandinho Franco, conquistou 45,47%, ou seja, 2.677 votos. Dos nove vereadores da atual legislatura, três são aliados ao grupo de Mário, e nove fazem parte do grupo do atual prefeito Fernandinho Franco. Com relação aos vereadores eleitos para a próxima legislatura, cinco foram eleitos pelo PSD e farão oposição, e quatro são do PL, sendo os vereadores da situação.
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