Em todos os anos entre 2010 e 2019, em média 12% dos cargos comissionados na máquina pública do governo federal eram filiados de partidos. Com isso, as legendas nomearam, neste espaço de 10 anos, 39.950 funcionários. A informação é do portal Metrópoles, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).

O maior número registrado foi em 2015, primeiro ano do segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), com 4.558 vagas entregues a servidores filiados, o equivalente a 13,1% dos postos disponíveis. O atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em seu primeiro ano de governo, ofereceu 10,08% dos cargos a legendas.

Os cinco partidos com maiores filiados indicados a cargos comissionados no governo em 2019 foram PT (587), MDB (421), PSDB (293), DEM (198) e PP (190). Também chamou a atenção o crescimento quase duas vezes maior de cargos para PSL (agora com 152) e Novo (99).

Destas nomeações ligadas a partidos, o maior número é de cargos de direção chamados DAS-06, que possuem o maior salário, equivalente a R$ 16.994,90. Entre 2010 e 2019, 1.088 servidores nesta função tinham ligação com alguma sigla.

Os cargos comissionados são aqueles que não exigem concurso público para serem ocupados. Por isso, podem ser nomeados sem qualquer justificativa.