Política


‘Queiroz era o diretor financeiro de uma holding familiar dos Bolsonaro’, diz Major Olímpio


Publicado 15 de julho de 2020 às 13:00     Por Peu Moraes     Foto Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Major Olímpio (PSL), ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), comparou seus colegas de partido a “cadelas no cio”, que tentam se acasalar com Jair Bolsonaro. A declaração foi publicada pela revista Época, nesta terça-feira (15). Com a saída de Bolsonaro no ano passado, Olímpio se tornou o político do do PSL com mais votos recebidos na eleição de 2018. Ex-policial militar, ele ensaia agora também deixar a legenda.

O parlamentar afirmou que não pretende voltar a vida pública após o termino de seu mandato em 2026. “Eu desisti de futuro político. Me desencantei com a política. Essa decepção que estou sentindo hoje vai ser a do povo brasileiro. É questão de tempo. Eu nunca pude supor que esse negócio do Queiroz. Ele era o diretor financeiro de uma holding familiar dos Bolsonaro. Basta o Queiroz abrir a boca e o Brasil vai ficar abismado com as coisas. Foi a decepção das decepções”, disse.

O ex-militar também disse que não se importa com ataques virtuais que venha receber por parte de aliados do presidente da República. Major reconheceu que se elegeu na “onda bolsonarista” de 2018, mas voltou a citar o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), Fabrício Queiroz.

“Estou pouco me lixando se vai aumentar ou diminuir os ataques a mim. Minha esperança é que a lei alcance essas pessoas. Vários vão ter o destino em Bangu 8 e não é só o Queiroz. Eu me elegi e devo muito ao Bolsonaro, mas também trabalhei muito por isso e por ele. Não vou me candidatar mais. Quero cumprir meu mandato até 2026 e parar. Eu sonhei demais com essa mudança do Brasil e fui enganado. Me sinto envergonhado. Deixa pra lá porque não é mais para mim”, completou.



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