Política


‘Razão da Codevasf existir há 47 anos é o Baixo São Francisco’, afirma Marcos Alves


Publicado 26 de janeiro de 2022 às 09:30     Por Dhenef Andrade     Foto Larissa Barros / AjuNews

O superintendente da Companhia do Vale do Rio São Francisco (Codevasf) de Sergipe, Marcos Alves Filho afirmou que a atuação do órgão junto aos municípios ribeirinhos afetados pelo aumento da vazão dos reservatórios do Velho Chico segue de forma permanente desde o começo de janeiro. Em entrevista à rádio Liberdade, nesta quarta-feira (26), Alves afirmou que se aumento da vazão, que atualmente está em 4 mil metros cúbicos por segundo, for confirmado ‘pode-se enfrentar algum tipo de problema’.

“Nossa equipe técnica de campo está acompanhando isso todo momento todos os dias. Em Propriá fomos ‘in loco’ para ver qual era a realidade dos nossos diques de contenção e bairros. Foi constatado que no momento não há risco no momento. Se for mantida essa vazão a gente consegue controlar. Aumentando, a depender do delta que ela atinja, aí sim a gente pode enfrentar algum tipo de problema”, afirmou Marcos.

O superintendente também relembrou que a região do Baixo São Francisco sofreu com as chuvas na semana do Natal. “Já fomos assolados por uma chuva inesperada que causou alguns prejuízos nos perímetros irrigados e a gente não podia se furtar da obrigação de tentar dar uma resposta à altura para minimizar os danos que possam ocorrer. A Codevasf fomenta o desenvolvimento no Baixo São Francisco. A razão da companhia existir há 47 anos foi o Baixo São Francisco”, relatou.

De acordo com ele, o aumento do volume de água pode por em risco as estruturas de captação e bombeamento flutuante. “Nós preocupamos em fazer a ancoragem para minimizar os prejuízos e não deixar os produtores na mão”.

Marcos também ressaltou trabalho da Codevasf junto à revitalização do Velho Chico, uma das lutas do ex-governador João Alves Filho. “A gente leva vida de volta para o rio”, disse ele ao relatar que o laboratório da companhia em Sergipe é o único que produz pitu em cativeiro. “O resultado desse investimento do governo federal é de alguma forma devolver vida ao rio”.

O superintende também adiantou que nas próximas semanas cidades ribeirinhas vão receber peixamento, principalmente em comemoração a Bom Jesus dos Navegantes. “Desde Canindé até a foz, em Brejo Grande, ocorre peixamento programado”.

Desde o dia 12 de janeiro a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) aumenta gradativamente a vazão do Rio São Francisco. As cheias do período e as chuvas fortes que ocorreram na Bahia e em Minas Gerais causaram o maior nível do rio em 13 anos. A companhia não descarta aumentar além dos atuais 4 mil metros cúbicos por segundo atuais.

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