Política
Recuo de Bolsonaro na eleição da Câmara dos Deputados seria medo do “efeito Dilma”, segundo site
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), teria sido aconselhado por interlocutores a ficar distante nas movimentações sobre a eleição para presidência da Câmara dos Deputados como forma de evitar um possível “efeito Dilma” caso o candidato apoiado pelo presidente perca a disputa. A informações foi publicada pelo site Metrópoles, neste domingo (02).
O principal argumento que tem sido levado ao presidente é de que o “efeito Dilma-Cunha” pode atormentar Bolsonaro se ele abraçar um candidato e ele perder. O desgaste entre a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB) praticamente impossibilitou o andamento da pauta do governo no parlamento, e a ruptura culminou na abertura do processo e na aprovação do pedido de impeachment.
Os auxiliares de Bolsonaro alertam que apoiar uma candidatura e perder eleva exponencialmente os riscos para o governo no Congresso. O enfraquecimento do Centrão e do “blocão”, sob a liderança do deputado Arthur Lira (PP), que reunia pouco mais de 200 parlamentares, agrava a situação. Nesta semana, partidos como MDB, DEM, PTB, PSC e outros se afastaram ou romperam com o grupo.
A certeza é que o presidente não tem na mesa 308 votos para aprovar propostas de emenda constitucional (PECs), tampouco 257 votos para manter vetos. O temor é que um passo em falso possa trancar as pautas de interesse do governo, como a criação do programa de assistência social Renda Brasil, dar mais espaço à oposição e até deixa o presidente exposto a um processo de impeachment.
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