A repercussão das acusações do ex-ministro Sergio Moro, na última sexta-feira (24), fizeram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recuar quanto a escolha do próximo a gerir a pasta da Segurança Pública e Segurança. Segundo informações do jornal O Globo, publicadas no sábado (25), Bolsonaro deve ouvir juristas antes de decidir quem ocupará o cargo.

Ainda na sexta, o presidente estava decidido a escolher o atual ministro da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Oliveira, mas voltou atrás após Oliveira relatar desconforto em assumir após as acusações de Moro. No mesmo dia, em reunião no Palácio da Alvorada, o ministro sugeriu que a melhor alternativa para o governo seria uma indicação técnica para a pasta.

Dentre os argumentos usados para recusa em assumir o cargo, estaria a de que indicação poderia ser interpretada como uma possibilidade de Bolsanaro interferir na Polícia Federal, principal acusação de Moro. Oliveira também tem proximidade com os filhos do presidente. Para afastar qualquer suspeita, ala militar do governo defende que sucessor de Moro deva ser renomado ou de influência semelhante ao que o ex-juiz.