O deputado estadual Rodrigo Valadares (União Brasil) criticou durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), nesta terça-feira (14), um vídeo em que uma professora dança com as alunas uma música em que troca e letra e coloca ‘Fora Bolsonaro’, em uma escola, no município sergipano de Simão Dias. De acordo com o parlamentar, o ato é uma forma de “doutrinação ideológica”.

“Recebemos através das nossas redes sociais de um conterrâneo de Simão Dias um vídeo sobre doutrinação ideológica. Por motivos de preservação da imagem não iremos divulgar o nome da professora e da escola, mas em nossos ofícios e providências iremos registrar a identificação. O vídeo exibe um ato de doutrinação ideológica feito por uma professora com a participação de alunos através de uma dança. Nós fizemos um Projeto de Lei que proíbe esse tipo de conduta, ou seja, proíbe a doutrinação ideológica nas escolas e infelizmente esse é mais um dos nossos projetos que se encontram nas gavetas sombrias da Alese e nunca tramitou”, afirmou.

Para o parlamentar, a propositura é importante porque não se trata de ser um ‘Fora Bolsonaro’. “O PL é válido para não ser ‘Fora Lula’, ‘Fora Ciro’, ‘Fora Dória’ ou ‘Fora quem quer que seja’. O aluno está na escola para assistir o professor ensinar português, ciências, matemática, história com o intuito de formar um profissional. Não podemos admitir que na sala de aula uma figura que tem a autoridade que é o professor, que em sua grande maioria não faz esse tipo de comportamento, que poucos professores utilizem a sua autoridade para induzir uma doutrinação ideológica em crianças e jovens. Os pais com filhos em instituições particulares têm condições de ir e reivindicar com a direção ou tirar os filhos destes lugares porém, o trabalhador e cidadão sergipano que não concorda com esse tipo de conduta e não pode mudar o filho de escola, não pode fazer nada, até porque sabemos que a Educação em Sergipe se encontra defasada e o cidadão é obrigado a conviver com esse tipo de situação”, acrescentou o parlamentar.

Ainda na oportunidade, Rodrigo afirmou que irá enviar o nome da escola e da professora à Secretaria de Educação e que espera que medidas sejam tomadas. “Escola é lugar para formar profissionais, não é lugar para formar militantes”, finalizou.

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