O secretário de Estado americano, Antony Blinken, visitou a Ucrânia nessa terça-feira (18), e se encontrou com o presidente Volodymyr Zelensky. O encontrou aconteceu devido ao aumento de tensões entre os Estados Unidos e a Rússia em torno de uma possível invasão russa ao país vizinho.

A visita teve como objetivo mostrar solidariedade à Ucrânia em meio ao aumento de tropas russas na fronteira entre os países, que levanta temores de uma invasão similar à anexação da Crimeia por Moscou, em 2014. De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, Blinken irá “reforçar o compromisso dos EUA com a soberania e integridade territorial da Ucrânia”.

Na quinta-feira (20), depois do encontro, o secretário viajará a Berlim para conversar com representantes do Reino Unido, França e Alemanha sobre a crise. As quatro potências irão discutir “esforços conjuntos para deter novas agressões russas contra a Ucrânia, incluindo prontidão de aliados e parceiros para impor consequências e custos econômicos severos sobre a Rússia”, disse Price em um comunicado.

Na semana passada, Moscou e o Ocidente participaram de conversas diplomáticas, mas as negociações foram inconclusivas e ficaram longe de solucionar desentendimentos sobre a Ucrânia e outras questões de segurança.

O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma adesão terá consequências graves. A Otan, por sua vez, emitiu comunicado em que afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados da Otan e pela Ucrânia, mais ninguém”.

A Rússia nega planejar uma nova ofensiva militar, mas fez várias exigências e disse que poderia realizar ações militares não especificadas, a menos que o Ocidente concorde com elas.