O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (7), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição (32/2022), que libera R$ 145 bilhões para o governo Lula (PT), fora do teto de gastos, pelo prazo de dois anos. Após quatro horas de discussão, a proposta passou por 64 votos a favor e 16 contrários, no primeiro turno, e confirmada por 64 a 13 votos, no segundo turno de votação. A PEC agora será enviada para a análise da Câmara dos Deputados.

Os senadores que representam Sergipe na Casa, Alessandro Vieira (PSDB) e Rogério Carvalho (PT) votaram à favor. Maria do Carmo (PP) não compareceu à votação. Vieira foi um dos críticos à PEC e chegou a propor uma alternativa aos valores propostos pela equipe de transição de Lula (PT). O delegado chegou a afirmar que a PEC era genérica e abrangente.

Após a aprovação, Alessandro comentou o resultado. “O roteiro necessário para o Brasil é claro. A aprovação da PEC da Transição deve ser apenas uma ponte para o novo regime fiscal”, escreveu ele em um rede social.

Rogério, cotado para assumir um cargo na gestão de Lula, comemorou a votação expressiva. “Com isso, garantimos os R$600 do Bolsa Família, asseguramos recursos para as universidades, para o Farmácia Popular, o vale-gás, manutenção de estradas e demais políticas necessárias para a reconstrução de Sergipe e do Brasil!”, escreveu ele.

Para o relator da proposta, senador Alexandre Silveira (PSD-MG), o valor de R$ 145 bilhões é o mínimo necessário para fazer face “às necessidades da sociedade brasileira”, que estaria “em séria crise econômica e social”. Ele fez questão de destacar que os recursos serão destinados ao Bolsa Família, que atende a parcela mais carente da população, para a recomposição de investimentos em áreas sociais e para o aumento real do salário mínimo. Silveira ainda disse que até o mercado reagiu bem a seu relatório, por entender que os valores serão direcionados para quem mais precisa.