Política
Senado terá comissão de juristas para revisar Lei do Impeachment
Uma comissão de juristas será formada pelo Senado para elaborar um anteprojeto de atualização da Lei do Impeachment (Lei 1.079, de 1950). A criação da comissão foi publicada na sexta-feira (11). O grupo terá 11 membros. Entre eles estão o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que presidiu o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016; e o ex-senador Antonio Anastasia, hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), que foi o relator daquele processo.
A lista também inclui:
Rogério Schietti Cruz, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Fabiano Silveira, ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU)
Marcus Vinícius Coêlho, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (2013-2015)
Heleno Torres e Gregório Assagra de Almeida, juristas
Maurício Campos Júnior e Carlos Eduardo Frazão do Amaral, advogados
Fabiane Pereira de Oliveira, assessora do STF, e Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Eles eram os secretários-gerais, respectivamente, da Presidência do STF e da Mesa do Senado durante o impeachment de 2016
O prazo para a comissão apresentar o anteprojeto é de 180 dias, a contar da sua instalação, que ainda não tem data definida. Ela vai formular o seu próprio regulamento, que deverá prever a participação da sociedade civil na elaboração do texto.
O principal argumento para a necessidade de uma revisão, de acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), é que a Lei do Impeachment foi promulgada sob a vigência da Constituição Federal de 1946, e não foi inteiramente recepcionada pela Constituição de 1988.
“Os problemas da lei já foram apontados em diversas ocasiões pela doutrina e jurisprudência como fonte de instabilidade institucional, demandando assim sua completa revisão”, justificou Pacheco no ato.
Com informações da Agência Senado
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