Os senadores por Sergipe Alessandro Vieira (Cidadania) e Rogério Carvalho (PT) cobraram punições para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após ele divulgar informações falsas a respeito das vacinas contra a covid-19. Durante uma live semanal, na última quinta-feira (21), o chefe do Executivo afirmou que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que as pessoas totalmente vacinadas estariam desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS).

O líder do Cidadania no Senado pediu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 que enviasse ao Supremo Tribunal Federal (STF) um requerimento em que compila as falsas informações sobre a vacina divulgadas por Bolsonaro na transmissão feita nas redes sociais. O parlamentar espera que o documento seja anexado no inquérito das fake news, que está nas mãos de Alexandre de Moraes.

Já o líder do PT na Casa alegou que o presidente precisa ser parado e pagar por seus crimes. “Enquanto 96% das mortes por covid-19 no Brasil são de pessoas que não tomaram vacinas, Bolsonaro segue estimulando a não vacinação e consequentemente mais mortes no país. Bolsonaro é criminoso e precisa ser parado, primeiro para pagar pelos seus crimes, segundo para que novos crimes não sejam cometidos”, criticou Rogério.

Durante a live, o presidente leu duas notícias, ao vivo, dos sites Stylo Urbano e Coletividade Evolutiva, em que informavam que as pessoas estariam perdendo a capacidade do sistema imunológico ao longo das semanas após completarem a vacinação, em decorrência disso estavam contraindo Aids.

Especialistas da área da saúde negaram qualquer relação entre as vacinas da covid-19 e a Aids. Eles reiteram que a contaminação das doenças se dá de formas diferentes: Enquanto que a Aids é transmitida por relações sexuais e compartilhamento de seringas, a transmissão da covid-19 acontece por meio da respiração e do contato com ambientes contaminados.

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