Política


STF arquiva ação que apontava suspeição de Aras para atuar em inquérito de Bolsonaro


Publicado 07 de agosto de 2020 às 16:23     Por Larissa Barros     Foto Valter Campanato / Agência Brasil

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, determinou o arquivamento de uma ação que apontava a suspeição do procurador-geral da República, Augusto Aras, para atuar na investigação que apura a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na autonomia da Polícia Federal (PF).

Segundo o G1, o tribunal foi acionado pela deputada Natália Benevides (PT-RN), após o chefe do Executivo afirmar durante uma transmissão ao vivo em uma rede social, no mês de maio, que Aras pode ser um nome “forte” para assumir uma vaga no STF.

Para a parlamentar, a fala de Bolsonaro representou, em tese, crimes de concussão, advocacia administrativa e corrupção ativa por parte do presidente, além de caracterizar a suspeição do procurador-geral para atuar no inquérito.

De acordo com a decisão publicada nesta sexta-feira (7), a ministra não viu elementos para abrir uma apuração sobre a declaração. “No caso concreto, tendo a PGR concluído ‘inexistir justa causa para a instauração de procedimento investigativo preliminar ou de inquérito criminal’, e ausente qualquer excepcionalidade que justifique a intervenção judicial sobre a formação da opinio delicti, o arquivamento do feito é medida que se impõe”, escreveu a ministra.

Ainda segundo a publicação, para o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, os fatos colocados pela deputada não justificam a instauração de procedimento investigativo preliminar ou de inquérito criminal.



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