O diretório do partido Cidadania de Aracaju denunciou ao Ministério Público Federal (MPF) suposta falta de transparência na compra de máscaras para profissionais e cidadãos feita pela prefeitura da capital sergipana através da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) durante à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A legenda argumentou indícios de irregularidades nos processos de dispensa de licitação para a compra e distribuição de 50 mil máscaras de proteção para prevenção ao coronavírus por parte dos órgãos públicos.

O MPF transformou a denúncia recebida em inquérito para apurar ausência de transparência nas informações relativas ao processo de licitação para a compra de 50 mil máscaras e supostos indícios de fraude envolvendo a participação de empresas cujos sócios possuem vínculos familiares.

De acordo com a sigla, no dia 30 de abril, a prefeitura de Aracaju, através da SMTT, anunciou a compra de 50 mil máscaras para distribuição nos terminais de transporte público. Em 06 de maio, a prefeitura divulgou novamente a ação através da imprensa e do seu site. Dois dias depois, em 8 de maio, houve mais uma ação de distribuição de máscaras noticiada pela prefeitura.

A compra das 50 mil máscaras custou R$ 100 mil e foi realizada no dia 7 de maio, como fica evidente no portal da transparência da prefeitura. Ainda segundo o Cidadania, a prefeitura de Aracaju tinha as máscaras para distribuir antes mesmo comprá-las. O MPF vai investigar o suposto indício de que as empresas participantes são todas da cidade de Itabaiana e os sócios teriam vínculos familiares.