Política


TCU vai apurar interferência de Carlos Bolsonaro e Wajngarten em anúncio do Banco do Brasil


Publicado 23 de maio de 2020 às 12:29     Por Roberta Cesar     Foto Marcelo Camargo / Agência Brasil

O subprocurador Lucas Furtado, que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pediu que o órgão investigue e tome providências sobre a suposta interferência da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), Fabio Wajngarten, em anúncio do Banco do Brasil (BB). As informações foram publicadas pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, nesta sexta-feira (22).

Segundo a publicação, o banco anunciou, na semana passada, que estava impedindo anúncios no site Jornal da Cidade Online, que já foi condenado por publicar fake news. O filho do presidente, Carlos Bolsonaro, reclamou pois o veículo é alinhado ao governo. Wajngarten disse em suas redes sociais que estava “contornando a situação”, e a publicidade voltou.

O subprocurador pediu que o TCU intervenha para que o BB “abstenha-se de retroceder” dos vetos de anúncios no Jornal da Cidade Online, assim como em qualquer outro que divulgue fake news. Além de sugerir multa e até o afastamento do chefe da Secom do cargo.

De acordo com o banco, a suspensão da publicidade e também a retomada dos anúncios foram decisões internas do BB e que não sofreram interferência externa. Já Wajngarten publicou em seu Twitter que as denúncias contra o Jornal da Cidade Online tem “vias ideológicas”.



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