Política


Vão dar nome em inglês à CPMF para enrolar sociedade, ironiza Maia


Publicado 30 de julho de 2020 às 18:43     Por Larissa Barros     Foto Divulgação

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ironizou tentativa da equipe do Ministério da Economia de recriar o imposto da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), nesta quinta-feira (30), e afirmou que daqui a pouco o governo daria um nome em inglês ao tributo para tentar “enrolar a sociedade”.

A declaração foi feita durante um seminário virtual Indústria em Debate, realizado pelo jornal Folha de São Paulo, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Minha crítica não é se é CPMF, se é microimposto digital, se é um nome inglês para o imposto para ficar bonito, para tentar enrolar a sociedade. Minha tese é a seguinte: nós vamos voltar à mesma equação que foi de 1996 a 2004, 9% de aumento da carga tributária”, disse.

O presidente da Casa Legislativa também questionou a necessidade da sociedade contribuir com o Produto Interno Bruto (PIB) de mais R$ 600 bilhões e, disse ser radicalmente contra a criação de qualquer imposto.

“Esse aí, então, que a gente sabe que é cumulativo, que é regressivo, que faz a economia parar de crescer, esse eu sou contra também no mérito”, afirmou.

Para Maia, a nova CPMF não passaria na Câmara e ele seria um dos que votariam contra a proposta. “Aqueles poucos que eu influencio, vou tentar influenciar para também votar contra”, disse.

Ainda segundo o presidente, o ideal seria que as alterações no modelo tributário fossem realizadas ainda neste ano e contemplassem também estados e municípios. “Se o Congresso conseguir incluir estados e municípios, ótimo. Porque se a gente também não resolver o ICMS [imposto estadual], a gente não vai estar resolvendo o principal problema que gera as distorções nos impostos de bens e serviços”, defendeu.



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso