Política


Yandra Moura critica refinaria privatizada na gestão Bolsonaro por não seguir política de preços da Petrobras


Publicado 18 de maio de 2023 às 06:18     Por Peu Moraes     Foto Adriano Bonfim / Câmara dos Deputados

A deputada federal por Sergipe, Yandra Moura (UB), afirmou que não aceita a decisão da empresa Acelen, administradora da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), de não seguir a nova política de preços da Petrobras e disse que a população não pode ser penalizada.

“É um absurdo que a refinaria não aplique a redução dos preços que é uma política nacional. Nós sabemos que em todos os países, todas as refinarias e todas as estatais seguem os preços que são do governo local. Eles não podem de forma isolada decidirem praticar os preços diferentes das outras refinarias do país”, criticou.

A Petrobras finalizou em  2021, ainda na gestão do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde, na Bahia e seus ativos logísticos associados para o Mubadala Capital.

A operação foi concluída com o pagamento de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões) para a Petrobras, valor que reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação.

A parlamentar sergipana apresentou o Requerimento nº 1.579/23, na Câmara dos Deputados, solicitando do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informações sobre a refinaria Acelen, empresa que administra a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), após ter anunciado que não seguirá a nova política de preços da Petrobras.

A Refinaria Landulpho Alves foi a primeira dentre as oito que estavam sendo vendidas pela Petrobras a ter o processo concluído. A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação. O contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que se espera seja apurado nos próximos meses.

Com a decisão da Acelen, mesmo depois do anúncio feito pela Petrobrás sobre a redução dos preços da gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha, a medida não terá impacto nos valores dos produtos comercializados em Sergipe. A mudança anunciada pela Petrobrás vai reduzir o valor médio da gasolina em R$ 0,40 e o diesel A em R$ 0,44 por litro e o “gás de cozinha” terá corte de R$ 8,97 por botijão de 13 kg.

O anúncio encerra a política de Preço de Paridade de importação (PPI), que levava em consideração basicamente as cotações do petróleo no mercado internacional.

“Pedimos que a Petrobras tome as devidas providências e que constituam sanções às refinarias que não praticarem a nova política de preços da empresa. Porque quem não pode pagar com essa situação são os consumidores. Infelizmente, se nada for feito, essa redução não chegará até o nosso estado de Sergipe”, finalizou, Yandra.

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