O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Aracaju informou que, até agora, 602 casos de acidentes por picada de escorpião já foram registrados na capital sergipana. Em comparação com 2019, durante todo o ano corrido, foram 814 casos.

Segundo o CCZ, os bairros mais atingidos foram Santos Dumont, Santa Maria, Industrial, Cidade Nova e América. A gerente do Centro, Marina Sena, afirmou que o crescimento se dá pela alta das temperaturas, e fez alertas à população para tomar os devidos cuidados.

De acordo com Marina, alguns cuidados básicos são: diminuir a população de baratas na residência; examinar roupas pessoais, de cama, banhos e calçados; não mexer em gavetas, caixas sou sacolas sem examiná-las; manter ralos tampados; não deixar madeiras e entulhos amontoados; e fazer barreiras físicas e evitar rachaduras no imóvel.

“Em casos de acidentes com o escorpião, é recomendado que a pessoa não faça a ingestão de medicamentos sem orientação médica e não jogue substâncias químicas, nem amarre a área picada. Dessa forma, a vítima pode receber um tratamento específico e mais eficaz”, afirma Marina Sena. A recomendação é que, ao ser picada, a vítima deve lavar o ferimento com água e sabão, e procurar imediatamente uma Unidade de Saúde.

De acordo com a SMS, a partir das notificações são realizadas visitas para avaliação do ambiente. Os sintomas variam de pessoa para pessoa e em gravidades diferenciadas.

“Nos acidentes considerados leves, a pessoa apresenta inchaço, vermelhidão, calor e pelos eriçados no local da picada. Nos casos moderados, somam-se sintomas como vômitos, náuseas, hipertensão e taquicardia. Os acidentes graves podem provocar vômitos intensos e frequentes, muita sudorese, agitação, aumento ou diminuição da frequência cardíaca, arritmias, contrações musculares, edema e choque”, diz Marina.