Saúde


‘Assumimos um risco para ter a vacina no Brasil’, diz presidente da Fiocruz


Publicado 29 de junho de 2020 às 10:42     Por Roberta Cesar     Foto Divulgação / Josué Damacena (IOC/Fiocruz)

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a socióloga Nísia Trindade Lima, comemorou e revelou suas expectativas para a futura produção de vacinas contra o novo coronavírus (covid-19), que estão sendo desenvolvidas pela Universidade de Oxford, na Bio-Manguinhos, no laboratório da Fiocruz. As informações foram publicadas pelo O Globo, nesta segunda-feira (29).

Segundo a publicação, a produção das vacinas custará R$ 693,4 milhões, e não há garantias de elas serão eficazes. A presidente aponta a necessidade de investimento no sistema público de saúde além da organização das campanhas de vacinação.

Nísia pede que estados, municípios e o governo federal atuem juntos para combater a covid-19 e alerta para que a população não espere milagres da vacina. Os resultados dos ensaios clínicos tem previsão para serem conhecidos em meados de outubro, até lá as medidas de proteção não devem ser abandonadas.

“Assumimos um risco de natureza econômica para ter a vacina no Brasil, um compromisso financeiro, esperando que o produto seja bem-sucedido, mas claro que ele pode não se provar eficaz. Há muitas pesquisas sem resposta sobre o coronavírus, e acredito que a escolha desta vacina foi muito bem pensada. Não somos o único país a tomar esta iniciativa. Outros também estão conciliando ensaios clínicos e produção de lotes sem ter certeza sobre o resultado final”, disse a presidente da Fiocruz.



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso