Saúde


Centros de hemoterapia reforçam importância de doação por causa do baixo nível de sangue em Sergipe


Publicado 26 de novembro de 2020 às 11:24     Por Fernanda Souto     Foto Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Definida pelo decreto 10.036/03, a última semana de novembro é oficialmente a semana nacional do doador voluntário de sangue. Em Sergipe, os principais órgãos para doação, o Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Sergipe (IHHS) e o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), localizados na capital, reforçam a importância das ações. Principalmente, neste período de pandemia, quando o estoque registrou baixos níveis de hemocomponentes.

Em entrevista ao AjuNews, o biomédico responsável pelo setor de captação no IHHS, Paulo Celson, afirmou que, no pico da pandemia, as doações de sangue voluntárias diminuíram em média 40%. “Não só o IHHS como todos os hemocentros apresentaram quedas nas doações de sangue voluntárias, porém frente a esse momento difícil, adotamos todos os critérios estabelecidos pelos órgãos sanitários competentes”.

Celson ressaltou também que o instituto tem seguido todas medidas sanitárias para garantir a segurança tanto dos doadores quanto dos funcionários. “Todos usuários usam EPI’s, distanciamento entre as cadeiras de espera na recepção, distanciamento entre as cadeiras de coleta; intensificamos os protocolos de higienização deixando um só funcionário para fazer essa assepsia mais frequente e imediata frente a passagem de um doador para o outro”, frisou.

Dia nacional do doador de sangue
Na quinta-feira (25) foi celebrado o dia nacional do doador voluntário de sangue. O IHHS e o Hemose estão fazendo campanhas em homenagens aos doadores e reforçando a importância da doação, principalmente agora, quando o estoque apresenta um baixo nível de sangue.

O Hemose programou campanhas com grupos, instituições parceiras e a abertura da unidade de Coleta do Hemocentro, que funcionará no Shopping Riomar, de segunda a sexta-feira, no horário das 13h às 17h.

Já o IHHS disponibilizou informativos de conscientização do doador para conseguir doações e ter “estoque suprido”, e segundo Paulo, “consequentemente, atender esses pacientes e doadores de sangue. Não só para cirurgias eletivas, mas para também para pacientes que estão internados e que usam hemocomponentes, de acordo com sua patologia base”.

O que é preciso para doar sangue?
Para ser um doador de sangue é preciso estar em condições saudáveis, pesar acima de 50 kg, ter entre 16 e 69 anos, e apresentar documento com foto, válido em todo o território nacional, no local da doação. Antes do ato voluntário, é necessário que a pessoa se alimente bem, não tenha ingerido bebida alcoólica há 12 horas, e não tenha fumado há duas horas de antecedência.

Em Aracaju, o IHHS, no Bairro Salgado Filho, na Zona Sul, atende das 7h às 17h, de segunda à sexta. O biomédico Paulo Celson destaca que é preciso fazer agendamentos, para que os funcionários possam se organizar e evitar aglomeração dentro do centro de doação e evitar o contágio da covid-19.

Já no Hemose, no Bairro Capucho, na Zona Oeste da capital, também funciona de segunda à sexta, entre 7h30 e 17h.

O que fazer após doar? 
O principal a se fazer após a doação é descansar e tomar líquidos para recompor o sangue do organismo. O doador precisa permanecer por pelo menos 15 minutos no hemocentro e se alimentar após o processo. Além disso, não pode fumar e nem ingerir bebidas alcoólicas por pelo menos 2 horas após a doação.

O voluntário também não pode: carregar peso ou fazer força com o braço em que foi feita a doação; não praticar esportes; não fazer esforços físicos; e não molhar o curativo por aproximadamente 4 horas. Se após a saída do local de doação apresentar alguma reação adversa, o doador deve procurar atendimento médico.

Situações em que não se pode doar sangue
Quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade não pode doar sangue. Além disso, mulheres grávidas ou que estejam amamentando; pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como AIDS, Hepatite, Sífilis e doença de Chagas; usuário de drogas; pessoas que fizeram tatuagem ou colocaram piercing em locais não controlados pela Vigilância Sanitária nos últimos 10 meses; e aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativo, nos últimos 12 meses.



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