Saúde
Diante da baixa cobertura vacinal, Saúde faz novo apelo para vacinação de crianças contra a pólio
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo, nesta segunda-feira (17), para que os pais ou responsáveis levem suas crianças às salas de vacinação contra a poliomielite. No momento, o país ainda está distante da meta de vacinar 95% do público menor de 5 anos de idade.
Até o momento, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a campanha imunizou 65,6% do público-alvo, cerca de 7,6 milhões de crianças. Apenas a Paraíba, com 95,09% das crianças imunizadas, atingiu a meta nacional. No Amapá, a imunização está em 90,8%, segundo a pasta.
Em Sergipe, a cobertura vacinal contra a doença está com 79,13%. No estado, mais de 133 mil crianças estão habilitadas para tomar a vacina. Dos 75 municípios, 31 atingiram a meta, com a vacinação igual ou acima de 95%. Já outras nove cidades estão na faixa de 90% a 94% e 35 estão entre 60% a 89%.
Diante da baixa adesão em todo o país, o Ministério da Saúde prorrogou a campanha até o dia 22 de outubro e alerta sobre a doença. O Brasil não registra casos de paralisia infantil desde 1989, mas com a queda das taxas de vacinação desde 2015, diversos órgãos ligados à saúde também alertam para o risco de retorno da pólio.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), advertiu em setembro que esse risco é muito alto. “Precisamos vacinar a população, principalmente nossas crianças. É inaceitável que, em pleno século 21, nós tenhamos sofrimento das nossas crianças por doenças que já estão erradicadas há muito tempo”, acrescentou Queiroga.
De acordo com o Ministério da Saúde, a meta de cobertura vacinal contra a poliomielite em crianças menores de 1 ano não é atingida desde 2017.
Poliomielite
A poliomielite ou pólio é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas. Nos casos mais graves da doença, também chamada de paralisia infantil, ela provoca o comprometimento do sistema nervoso, levando à paralisia de membros e alterações nos movimentos e pode até ser fatal.
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