Um estudo feito pelo Ministério da Saúde aponta que houve um aumento da mortalidade materna por causa da covid-19 no Brasil. Segundo o levantamento, divulgado nesta sexta-feira (28), de 2.718 infectadas pela doença, 155 delas não resistiram ao vírus. Já entre as puérperas, de 713 casos confirmados, 117 morreram.

De acordo com o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente, a percepção das gestantes como grupo de risco só pode ser vista em meados de abril. “No início da pandemia não conseguisse fazer uma correlação direta entre mortes de gestante a covid. Mas, em meados de abril, começou a notar, assim, uma associação. Principalmente no final da gravidez e no puerpério”, explicou.

Nesta sexta-feira (28), a pasta lançou uma portaria para priorizar o atendimento materno no âmbito da covid-19. Ao todo, serão destinados R$ 260 milhões para dar suporte às grávidas e equipes de atendimento da saúde.

Ainda segundo Parente, entre as ações que devem ser incluídas com a criação do recurso financeiro está o incentivo de até R$ 7.280 para apoiar distanciamento social para mulheres grávidas e puérperas que não possuam condições de realizar distanciamento social.

Por fim, uma outra medida que o secretário classifica como necessário é a ampliação da testagem de toda gestante no final da gravidez. “O ideal, como está no manual, e fazer uma testagem de toda e qualquer gestantes no final da gravidez, inclusive nas assintomáticas, diferente da população geral, para ficar claro”, destacou.