Saúde


Huse divulga dados das ocorrências de queimados durante o mês junho


Publicado 02 de julho de 2022 às 10:57     Por Quesia Cerqueira     Foto Reprodução / Ascom SES

Em decorrência do fim dos festejos juninos, a Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital de Urgência de Sergipe Gov. João Alves Filho (Huse) divulgou os dados dos atendimentos que foram realizados durante o último mês. Segundo o balanço publicado nessa sexta-feira (1º), somente em junho, a unidade hospitalar atendeu 45 pacientes com queimaduras no geral.

Ainda de acordo com o balanço apresentado, dos 45 pacientes atendidos na unidade de queimados, 24 destes foram devido a queimaduras feitas por fogos de artifício. Apesar da diminuição dos traumas de queimaduras, em 2022, com a volta dos festejos juninos, os traumas por fogos de artifício aumentaram em 200% neste mês de junho, em comparação a 2021.

A médica e coordenadora da cirurgia plástica, Moema Santana falou sobre o aumento dos casos. “O ano de 2022 contou com casos mais graves. Apesar do atendimento ter sido um pouco menor que em relação a 2021, nós obtivemos casos mais graves e que persistiram e precisaram de internação. Os casos de fogos de artifício, que não enfrentamos no ano passado, cresceram bastante e com queimaduras graves e extensas. Além disso, os atendimentos às crianças também foram maiores, onde 19 desses casos foram na faixa das crianças e adolescentes”, explicou.

O coordenador da Unidade de Tratamento de Queimados e membro da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), Bruno Cintra, também falou sobre os casos graves que ficaram internados na UTQ durante o mês de junho. “Estamos finalizando o mês de junho com cerca de 90% da capacidade da Unidade. Dos 15 pacientes que chegaram ao internamento, 4 são por fogos de artifício, o que é um número alto para o tipo de queimadura, a qual consideramos evitável e que pode possuir consequências permanentes, como a perda dos movimentos das mãos e dos pés. Nesse caso, os pais precisam ter mais responsabilidade em não deixar bombas com crianças”, afirma o cirurgião plástico.

Mudança nos atendimentos

Com diminuição em relação aos outros meses, o atendimento aos pacientes pode ser executado com eficácia no mês de junho. A superintendente do Huse, Adriana Meneses, explicou como a mudança de logística no atendimento aos pacientes em parceria com os hospitais regionais facilitou o atendimento.

“Dentro das nossas ações de trabalho no hospital, percebemos que alguns pacientes presentes não estavam dentro do perfil de atendimento de urgência, o que atrasa o atendimento e gerava uma superlotação ao longo do hospital. Partindo dessa análise, fizemos uma reunião com os responsáveis técnicos dos hospitais e alinhamos o fluxo desses pacientes de traumas menores com as unidades regionais para que pudessem redefinir o perfil dos pacientes que precisam chegar até o Huse e quais atendimentos as unidades regionais podem lidar. Dessa forma melhoramos o atendimento aos pacientes no Hospital de Urgências, com um giro maior de leitos e mais rapidez para o auxílio a pacientes que podem ser enviados a outras unidades”, destacou a superintendente.

O coordenador médico do pronto-socorro, Ikaro José, detalhou os dados de atendimentos a vítimas de trauma, como acidentes de trânsito, arma de fogo e arma branca, por exemplo. “No mês de junho tivemos o total de 805 atendimentos a pacientes vítimas de trauma. Em comparação aos outros meses, janeiro a maio, tivemos uma diminuição de 14,65%, um reflexo do trabalho de conscientização das unidades regionais e da SAMU, que conseguiram prestar o primeiro atendimento sem precisar encaminhar para o Huse. Os casos que chegam ao Huse são os mais graves e que necessitam de atendimento especializado”, disse.

Com informações da SES



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