Saúde


Médicos esperam explosão de demanda de cirurgias eletivas no SUS após queda de 61%


Publicado 24 de agosto de 2020 às 09:44     Por Peu Moraes     Foto Elza Fiúza / Agência Brasil

Os médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) esperam uma explosão nas demandas de cirurgias letivas (não urgentes) que foram paralisadas por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a queda foi de 61,4%, o que corresponde que apenas 388 mil procedimentos foram realizados. As informações foram publicadas pelo jornal Estadão, nesta segunda-feira (24).

De acordo o jornal, em março, o Ministério da Saúde orientou Estados a adiarem cirurgias eletivas, como uma forma de poupar leitos e evitar infecções pela covid-19. A recomendação foi reforçada mais tarde pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de nota apoiada por 11 entidades nacionais.

Com a pandemia, os leitos ficaram perto da ocupação máxima em muitas regiões. Só no Estado de São Paulo, houve diminuição de quase 175 mil (cerca de 59%) dos procedimentos eletivos de março a junho. O problema, segundo especialistas ouvidos pelo jornal, é que muitos dos pacientes com cirurgias adiadas agora sofrem com a demora para remarcar as intervenções na rede pública, enquanto seus quadros se agravam.

Já no sistema de saúde suplementar, a rede privada diz ver queda de até 20% da receita esperada para o ano. “Alguns casos de especialidades que já tinham uma fila muito longa, realmente vão ter uma espera maior e pode sim haver agravamento do prognóstico”, disse Walter Cintra, professor de Gestão de Saúde da Fundação Getúlio Vargas e médico sanitarista.



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