O Ministério da Saúde já distribuiu 5,2 milhões de doses de cloroquina pelo Brasil desde o início da pandemia do novo coronavírus. Os números trazidos pelo portal Metrópoles em levantamento com base na plataforma “Localiza SUS” evidenciam o investimento da pasta no remédio que tem sido recomendado pela gestão de Jair Bolsonaro (sem partido), mesmo sem comprovação científica.

De acordo com a matéria, ainda assim a cloroquina não é o remédio mais distribuído do país. O oseltamivir já teve 14,5 milhões de doses repassadas. A cloroquina corresponde a 26% do que já foi distribuído pelo Ministério da Saúde, custando R$ 238,3 mil (um custo menor, já que o remédio é produzido no país).

A cloroquina ainda tem gerado bastante discussão. O Governo Federal, como expõem os números, tem apostado de vez no remédio que passou a ser produzido em larga escala pelo Exército e chegou a ter uma carga doada por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.

Mas a comunidade científica e órgãos como a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) ainda discordam do uso em larga escala por conta da falta de comprovação dos efeitos na Covid-19. Por isso, acreditam que as aplicações não são seguras.

De acordo com o levantamento do Metrópoles, os estados que mais receberam doses de cloroquina e oseltamivir foram São Paulo (4,6 milhões de doses), Paraná (2,2 milhões) e Santa Catarina (2 milhões).

Os números da última quinta-feira (13) mostram que o Brasil já tem mais de 105 mil mortes e 3.200.000 casos confirmados do novo coronavírus.

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