Pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia descobriram uma nova linhagem do vírus da zika em circulação no Brasil. Após estudarem sequências genéticas, os cientistas identificaram um tipo africano que pode gerar uma nova epidemia.

A pesquisa foi publicada no início de junho no periódico International Journal of Infectious Diseases (IJID) e serve como alerta para o Ministério da Saúde para a vigilância da doença. De acordo com um dos líderes do estudo, Arthur Queiroz, o perigo da nova linhagem reside no fato que a maior parte da população não tem anticorpos para combater o vírus.

Ainda segundo o pesquisador, o fato de terem sido encontrada em dois estados distantes, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, e dos hospedeiros nos casos registrados serem um mosquito ‘primo’ do Aedes aegypt, Aedes albopictus, e uma espécie de macaco, apontam que o novo tipo do Zika circulou no Brasil em 2019.

Em Sergipe, no período de 29 de dezembro de 2019 a 6 de junho de 2020, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou que 57 notificações de Zika foram registradas, mas que apenas um caso havia sido confirmado até o fechamento do Boletim Epidemiológico das Arboviroses Dengue, Zika e Chikungunya, divulgado no último dia 9 de junho.

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