Saúde


Período junino registra aumento de 39% em vítimas de queimaduras no Huse em 2021


Publicado 30 de junho de 2021 às 20:51     Por Redação AjuNews     Foto Ascom / SES

O Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) registrou o atendimento de 19 pessoas vítimas de queimaduras durante o período junino deste ano. Os números demonstram um aumento de 39%, se comparado ao mesmo período de 2020, quando 12 pessoas foram atendidas. O aumento no número de casos chama a atenção pois foram proibidas a comercialização de fogos e fogueiras no ano passado e em 2021 devido a pandemia da covid-19.

Das seis vítimas de queimaduras por fogos de artifício, quatro são crianças, como informou o superintendente do Huse, Walter Pinheiro. “O que chama atenção esse ano é o número de crianças e adolescentes que foram atendidos com queimaduras envolvendo fogos de artifício, que muitas vezes não tem a habilidade de manusear, uma falta de senso de consequência dessas lesões que geralmente deixam marcas e levam a alguma incapacidade. O dia de São Pedro foi maior o número, fizemos o alerta para os cuidados, mas infelizmente, atendemos muitos casos na nossa sala de retaguarda que todos os anos designamos uma área para esse primeiro atendimento e se necessário são encaminhados para a nossa Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ)”.

O superintendente disse ainda que este ano, apenas uma criança precisou de cuidados especiais na UTQ. “Foi um acidente que aconteceu antes do São João e ela permanece internada, pois ela tem lesões na mão que envolveram retrações cicatriciais e amputação de partes de alguns dedos. Um adulto também segue internado na unidade de queimados devido uma queimadura elétrica na véspera do São João”, explicou Walter Pinheiro.

Além disso, também foram registrados vítimas de queimaduras envolvendo produtos inflamáveis, entre eles o álcool. “Tivemos muitos atendimentos por líquido superaquecido e, principalmente, cozinhando com álcool. Pessoas queimadas por álcool líquido são de uma gravidade muito importante, temos recebido muitos casos nos últimos quatro anos, tem sido uma prevalência muito grande por causa do uso para higienização das mãos e no uso para cozinhar os alimentos”, destacou a coordenadora da cirurgia plástica do Huse, Moema Santana.

Apesar dos alertas e da restrição quanto a soltar fogos e acender fogueiras, muita gente descumpriu o decreto e por isso acabou se queimando. “Felizmente dentro destes casos, muitos foram liberados para continuarem o acompanhamento via ambulatorial e esse número foi superior ao do ano passado no momento em que a restrição era maior, mas ainda abaixo do que costumava a ser no período pré-pandêmico”, finalizou o superintendente do Huse.



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