Um estudo realizado pela organização Ensino Social Profissionalizante (Espro) apontou que ao menos 20% de jovens de 14 a 24 anos que menstruam já deixaram de ir à escola por não terem absorvente.

De acordo com os dados divulgados pelo Uol, o número sobe para 24% ao classificar por pessoas pretas com renda de até dois salários mínimos. A pesquisa ouviu 2.930 pessoas que menstruam e 805 que não menstruam. A margem de erro é de 2% e o índice de confiabilidade da pesquisa é de 99%.

Segundo os dados, 42% das pessoas ouvidas já ficaram mais do que o tempo indicado com o absorvente para economizar dinheiro. O índice sobe para 45% entre as pessoas pretas com até 2 salários mínimos.

No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou o trecho de uma nova lei que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos e outros cuidados básicos de saúde menstrual.

O Projeto de Lei 4.968/2019, da deputada Marília Arraes (PT-PE), foi aprovada pelo Senado em 14 de setembro, e previa a criação do Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos nas escolas públicas de ensino médio e de anos finais do ensino fundamental. Além de itens de higiene a mulheres em situação de rua, ou em situação de vulnerabilidade social extrema, presidiárias e apreendidas.

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