Saúde


Saúde aponta crescimento de casos de Sífilis em Sergipe


Publicado 11 de outubro de 2022 às 10:00     Por Fernanda Sales     Foto Valter Sobrinho / Ascom SES

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontou crescimento no número de casos de sífilis em Sergipe, que é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema Pallidum. Nesta semana, ocorrerá o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, em 15 de outubro. Além de reforçar a importância da prevenção e diagnóstico da infecção que vem crescendo no Estado, a SES elaborou uma programação com palestra para os profissionais de saúde e disponibilização de teste rápido.

Além da transmissão no ato sexual, em gestantes, há o risco da transmissão vertical, ou seja, da mãe para o bebê (sífilis congênita). Embora a procura tardia pelo tratamento possa evoluir a complicações graves, a infecção tem cura, e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em Sergipe é possível observar na série histórica disponível no Boletim Epidemiológico da Sífilis, realizado pela SES, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o aumento da doença.

Em 2019, foram notificados 586 casos de sífilis adquirida, 837 casos da doença em gestantes e 484 casos de sífilis congênita. Em 2020, foram 644 casos de sífilis adquirida, 980 casos em gestantes e 544 casos da sífilis congênita. No ano passado, foram 1.828 casos de sífilis adquirida, 1.041 em gestantes e 519 sífilis congênita.

A principal forma de prevenção da sífilis é o uso do preservativo em todas as relações sexuais (anal, oral e vaginal), seja ele masculino ou feminino. Caso a relação sexual tenha ocorrido sem o preservativo, observe o aparecimento de alguns sintomas como: feridas indolores no pênis, no ânus ou na vulva. Em caso de aparecimento dos sintomas, o ideal é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e fazer o teste.

Sífilis na gestação
Quando a infecção é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, a fim de prevenir a transmissão vertical, ou seja, de passar a infecção para o bebê. Neste sentido, o pré-natal é uma ferramenta essencial no diagnóstico. Com o acompanhamento de rotina, tanto a gestante como o parceiro sexual também deve ser testado e tratado, para evitar a reinfecção da mulher grávida, destaca o técnico do Programa de Vigilância, Prevenção e Controle das ISTs, HIV/Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Almir Santana.

“Há algumas atitudes que considero importantes, testar e tratar as pessoas com sífilis e melhorar o pré-natal, que também precisa incluir o parceiro sexual da gestante. Ele precisa ser acompanhado pela equipe de saúde e diagnosticado. Quando a gestante está com sífilis, é necessário fazer o tratamento adequado que é com a penicilina benzatina, nas doses de acordo com o estágio da doença, e tratar também o parceiro”, disse.

Programação
Dia 14 (sexta-feira) às 15h – Disponibilização da testagem rápida das ISTs na rua Florentino Menezes.



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