Saúde


Seis bairros de Aracaju estão com alto risco de infestação do mosquito Aedes Aegypti


Publicado 19 de abril de 2022 às 15:15     Por Redação AjuNews     Foto Marcelle Cristinne / prefeitura de Aracaju

O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), apresentado nesta terça-feira (19) pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Aracaju, mostrou que, dos 43 bairros com maiores índices de infestação pelo mosquito, seis estão com alto risco, índice maior que 4. São eles: Capucho (6,7%), Palestina (6,7%), José Conrado de Araújo (5,4), 13 de Julho (4,9%), Pereira Lobo (4,5%), e Santa Maria (4,0%); nove bairros foram classificados em baixo risco (satisfatório) e 28 bairros em médio risco (alerta).

De acordo com os dados da SMS, este ano, em Aracaju, já foram notificadas 241 notificações das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, sendo 114 casos de dengue, 125 de chikungunya, e dois de zika. O gerente do Programa de Combate ao Aedes aegypti, Jeferson Santana, ressaltou a preocupação com os seis bairros elencados com alto risco de infestação, sobretudo a Palestina.

“Este bairro se destaca e, por lá, sempre encontramos focos do mosquito nos depósitos que as pessoas têm em suas casas, como lavanderias, tonéis, caixas d’água. É um bairro pequeno, o que nos deixa ainda mais preocupados, pois, apesar de ser uma porção pequena dentro do território de Aracaju, concentra muitas pessoas, e tem um bairro vizinho muito populoso, que é o 18 do Forte, e o mosquito não conhece limites e nem fronteiras”, explicou Jeferson.

Principais criadouros
A análise mostra o crescimento progressivo do índice de médio risco: em março do ano passado, o índice era 1,1; em maio era 1,3; em julho foi 1,6 e em março deste ano passou para 2,2. A maioria dos criadouros do Aedes aegypti encontra-se dentro das casas habitadas, 52,5% dos focos foram registrados em lavanderias e tonéis, ambos utilizados para armazenar água.

Em segundo lugar, estão os vasos [pratos de plantas] ralos, lajes, sanitários em desuso com 38,1%. Os focos encontrados em entulho nos quintais das residências e lixo nas vias públicas ou espaços abandonados correspondem somente a 5,8% dos focos.

“Quando a gente compara uma pesquisa com a outra (2021-2022), vimos uma diminuição dos depósitos domiciliares de armazenamento de água, porém, vimos um aumento significativo naqueles materiais que são pequenos depósitos, como um vaso de planta, um lixo acondicionado e descartado de forma irregular. Assim, chamamos a atenção da população para que observem suas casas, seus quintais, e pede que cada cidadão faça a sua parte”, completou o gerente.



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