Política
MP da Bahia rejeita pedido de prisão temporária de Sérgio Gama, vice de Rogério Carvalho
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) se posicionou contrário à prisão temporária do empresário e candidato à vice-governador ao lado de Rogério Carvalho (PT), Sérgio Gama (MDB). A decisão, assinada pelo promotor Saulo Rezende Moreira, foi emitida nesta quarta-feira (10).
Além disso, o órgão indeferiu o pedido de expedição de mandados de busca e apreensão para os endereços listados no processo, a não ser que haja novos elementos que justifiquem o ato. Foram atingidos pela decisão do MP outros envolvidos no caso: Allan Augusto Marques Santos, Jailson Silva, Crispin Silva de Jesus, Elber Nabuco Silveira de Carvalho, Márcio Sousa Cabral e Antônio da Silva Santos Júnior.
A prisão temporária de Gama e dos demais foi solicitada na última sexta-feira (5) pela Justiça da Bahia. O filho do ex-prefeito de Aracaju, João Augusto Gama, é acusado de ameaça, dano qualificado, crimes do sistema nacional de armas, e associação criminosa.
De acordo com o documento da representação, obtido pelo AjuNews, trabalhadores rurais, moradores da Colônia Lagartense, e vinculados a uma associação com nome idêntico, em Itapicuru, foram vítimas de atos de violência praticados por diversos acusados, dentre ele, Sérgio, com a intenção de retirá-los da área ocupada, na época supostamente pertencente à Empresa Cal Trevo.
Ainda segundo o documento, os atos de violência iniciaram no ano de 2020. Na ocasião, conforme as investigações, Antônio da Silva, conhecido como Júnior Jabá, fazia ameaças de morte aos agricultores, portando, frequentemente, armas de fogo e na companhia de policiais. O acusado teria alegado que havia adquirido as terras com a Cal Trevo e, portanto, os trabalhadores deveriam sair do local.
Em nota enviada ao AjuNews Gama afirmou que foi surpreendido com a notícia de um documental judicial que circulou no mesmo dia em que os partidos coligação Sergipe da Esperança apresentaram seu nome na chapa majoritária. A assessoria jurídica do empresário afirma que o documento da justiça da Bahia apresenta arbitrariedade num pedido de prisão, onde sequer o empresário foi convocado para quaisquer esclarecimentos.
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