O júri popular absolveu, nesta quarta-feira (10), Anderson Santos Souza da autoria do assassinado do delegado Ademir da Silva Melo Júnior. Ademir foi morto a tiros por um homem que estava em uma moto, enquanto passeava com o cachorro, nas imediações da sua residência, na Zona Sul de Aracaju. O julgamento no Fórum Gumercindo Bessa, na capital sergipana, teve início na segunda (8).

A defesa sustentou que as investigações foram manipuladas. “Os autos mostram isso. Se você tem vídeo de câmeras internas e externas que desaparecem, uma moto que desapareceu. O Detran disse que não sabe onde está. Não sou eu que estou dizendo. Foram várias interceptações telefônicas, a família de Ademir teve que pagar acho que R$ 12 mil para desbloquear o celular dele. Pra mim isso é um ato de covardia. Quem tinha que bancar isso era o estado”, afirmou o advogado de Anderson, Josefhe Barreto.

Anderson foi preso em agosto de 2016, um mês após o crime e chegou a confessar a autoria, mas voltou atrás da versão e disse ter sido coagido. À época, quem comandava o caso era o agora senador, Alessandro Vieira (PSDB).

A Polícia Civil sustentou a tese de latrocínio, embora nenhum pertence de Ademir tenha sido levado. A Polícia chegou a Anderson após uma denúncia. Delegados anunciaram a recompensa de R$30 mil para quem tivesse informações sobre o caso.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que estará à disposição do Ministério Público e do Poder Judiciário para novas diligências que julgarem necessárias. Mesmo absolvido deste crime, Anderson segue preso devido a outras infrações, em especial roubo de celulares.

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