Justiça
“Se eu sentir algum tipo de aperto ou algum tipo de ameaça eu entrego meu sigilo profissional”, afirmou o advogado Josefh Barreto
O advogado de defesa Josefhe Barreto, que atuou no caso de Anderson Souza, deu detalhes sobre o como o seu cliente foi acusado de ter atirado e matado o delegado Ademir Melo, em julho de 2016, enquanto ele passeava com o seu cachorro na zona sul de Aracaju.
Na época do crime, a morte do delegado teve grande repercussão nacional. Após três dias de julgamento, o acusado foi inocentado na última quarta-feira (10), em Júri Popular, ao revelar no tribunal que um policial civil já falecido teria sido o executor da vítima, e que um delegado, não revelado durante a audiência, teria sido o mandante.
Ainda segundo o réu, o suposto delegado mandante do crime teria uma relação extraconjugal com a viúva da vítima. Diante do que foi revelado, o réu foi inocentado do crime de homicídio contra o delegado Ademir Melo, porém permanece preso devido outros crimes cometido.
Para Josefhe, a decisão do júri é soberana: “O júri é soberano, os jurados decidiram com base nas provas que foram apresentadas, foi perguntado aos jurados se foi Anderson que atirou em Ademir, os jurados entenderam que não. Tem uma testemunha que afirma que Anderson não estava na moto, então os jurados decidiram conforme a prova dos autos, então não há o que discutir,” disse o advogado.
O advogado de defesa revelou que algumas provas foram destruídas durante o processo e que espera que haja uma investigação que aponte os verdadeiros culpados.
“Deixe ver quais vão ser as razões do Ministério Público para esse recurso e espero que tomem medidas cabíveis para descobrir e desvendar todo esse emaranhado e investigar quem deve ser investigado e saber como sucedeu, teve provas que foram destruídas do processo, a moto sumiu, o vídeo de 19 segundos desapareceu, a culpa pelo resultado é de quem investigou”, disse.
Ainda segundo Josefh, alguns fatos estranhos teriam acontecido com ele desde que ele assumiu o caso, como por exemplo um carro ter batido no veículo dele propositalmente. O advogado afirma que não deixará de viver a sua vida normalmente, e que já tomou providências para assegurar sua integridade. “Se eu sentir algum tipo de aperto ou algum tipo de ameaça eu entrego meu sigilo profissional”, finalizou.
Saiba mais em: Réu acusado de matar delegado Ademir é absolvido em júri popular
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