Polícia


Caso Ademir: SSP sustenta que delegado foi vítima de latrocínio após absolvição de réu em júri popular


Publicado 12 de agosto de 2022 às 08:00     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução / Governo de Sergipe

O julgamento de Anderson Santos Souza, acusado de ter matado o delegado da Polícia Civil de Sergipe, Ademir Melo, e absolvido por júri popular ainda gera repercussão. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SE) emitiu seu posicionamento, na noite desta quinta-feira (11), em que reafirma a tese de que o delegado foi morto ao reagir a um assalto, crime tipificado como latrocínio. Assim, a pasta confronta a defesa de Anderson que alega que Ademir foi executado.

“Dois exames de microcomparação balística comprovaram que o projétil saiu da arma de fogo encontrada com o infrator. Em crimes de execução, não se executa apenas um disparo. Não se usa revólver calibre 38, usam pistolas, normalmente de 9mm, em disparos agrupados, em pontos fatais”, disse o porta-voz da SSP, delegado Wanderson Bastos.

Ele ainda relembra que Anderson havia confessado o crime. “O infrator confessou o modus operandi, disse que não conhecia a vítima, e que ia efetuar o assalto”, afirmou Bastos.

O delegado ainda chamou de leviana a tese levantada após a absolvição de que Ademir teria sido executado a mando de outro delegado, que seria supostamente amante da viúva, Caroline Leão. “É extremamente leviano, desrespeitoso, levantar uma tese sem qualquer alicerce, segundo a qual um delegado supostamente seria amante da viúva, e teria usado um policial para executar o delegado Ademir. Quem é o delegado? Por que não foi revelado? O ônus da prova cabe a quem alega. Se alguém teve a coragem descabida de dizer que um integrante da carreira de delegado teria feito isso, por que não revela o nome do delegado? É um desafio que fica aqui, até para que a sociedade possa saber o que aconteceu”.

Também nesta quinta (11), a Associação Sergipana do Ministério Público (ASMP) saiu em defesa de Leão após os ‘graves e injustos ataques à honra e à imagem’. A associação expressa ‘irrestrito apoio a Promotora de Justiça Caroline Leão, que se vê pública e injustamente acusada de participação em crime que vitimou seu cônjuge, sem respaldo em nenhuma imputação formal ou prova produzida no curso do processo’.

O caso
Ademir foi morto a tiros, em julho de 2016, por um homem que estava em uma moto, enquanto passeava com o cachorro, nas imediações da sua residência, na Zona Sul de Aracaju. O julgamento no Fórum Gumercindo Bessa, na capital sergipana, teve início na segunda (8) e foi encerrado nesta quarta (10). O júri popular julgou Anderson inocente da autoria do crime.

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