Política


Brasil pode entrar em “lista suja” da ONU por dossiê que monitora antifascistas, diz colunista


Publicado 12 de agosto de 2020 às 10:41     Por Eduardo Costa     Foto Reprodução/ONU News

Relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) receberam a notícia de que o Ministério da Justiça do Brasil montou um dossiê que monitora quase 600 servidores públicos e servidores envolvidos em atos antifascistas. Segundo o colunista Jamil Chade, do portal UOL, há a chance de o país ser colocado em uma “lista suja” da entidade.

Tal lista envolve governo que promovem “intimidações”. De acordo com o colunista, pelo menos dois relatores especiais de direitos humanos da ONU e a cúpula da organização estão cientes da situação.

Uma das relatoras, segundo a matéria, é Agnes Callamard. Ela já havia feito duros comentários anteriormente em relação ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido), dizendo que o governo “parece estar virando as costas” aos direitos humanos.

Segundo Jamil Chade, um dos caminhos que a ONU avalia é enviar uma carta ao Governo Federal cobrando esclarecimentos. A ideia é tornar a comunicação pública.

Outra opção seria colocar o país em um informe que a secretaria-geral produz a cada ano sobre governos que adotaram medidas de intimidação contra ativistas, professores, funcionários ou qualquer cidadão que tenha colaborado com o sistema internacional. Neste informe, aparecem nações como Arábia Saudita, Irã e Venezuela.

O dossiê do Ministério da Justiça conta com 579 servidores federais e estaduais de segurança, além de três professores universitários. Ele conta com nomes e até fotos e endereços de alguns. O relatório é produzido pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi).

Ainda de acordo com a coluna, esta é a 38ª denúncia apresentada contra o Brasil desde 2019 na ONU. Várias outras já foram feitas envolvendo povos indígenas, torturas, desmontes de setores públicos, meio ambiente, liberdade de imprensa, entre outros.

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