Justiça
Mulheres organizam protesto pedindo justiça por Mariana Ferrer em Aracaju
Um grupo de mulheres organizam um protesto pedindo justiça para a influencer Mariana Ferrer, na Orla da Atalaia, Zona Sul de Aracaju, às 15h, neste sábado (7). A manifestação também acontecerá em outras cidades do país após a polêmica decisão da Justiça sobre o caso, que levou em conta as alegações finais do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), de tipificação de “estupro culposo”, e que absolveu o empresário André de Camargo Aranha do suposto crime cometido em uma festa há dois anos.
“Será um protesto pacífico! Acho que todas as mulheres se sentiram ofendidas com o caso da Mariana e estamos na luta por justiça! Não vamos deixar passar batido, isso só faz desencorajar outras mulheres a denunciar o agressor”, disse uma das organizadoras do ato na capital, Hellen Ohana.
Na convocação, as organizadoras pedem aos participantes para vestirem roupas pretas, levarem cartazes, e frisam que o uso de máscara e distanciamento social são obrigatórios, como medidas de segurança devido ao coronavírus.
Além dos protestos em várias cidades do país, muitas pessoas também divulgaram uma petição que já tem mais de 4 milhões de assinaturas no site Change.org. De acordo com o abaixo-assinado, a mobilização é necessária “para ajudar o caso a ganhar mais visibilidade e que ele não seja esquecido e nem abafado”.
Após a comoção e repercussão sobre o caso, O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vão investigar, respectivamente, as atitudes do juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, e do advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, durante o julgamento da denúncia de estupro feita por Mariana.
O caso ocorreu em dezembro de 2018, quando a jovem tinha 21 anos e era virgem. Segundo ela, o empresário André de Camargo Aranha a drogou e a estuprou em uma sala reservada de uma casa noturna da capital catarinense. O empresário é defendido por Cláudio Gastão.
Em setembro deste ano, o juiz Rudson Marcos absolveu o acusado por falta de provas. A decisão levou em conta as alegações finais do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), de que o suposto estupro teria acontecido de forma culposa, quando o réu não tem a intenção de cometer o crime. Porém, a tese é inexistente no Código Penal.
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