Esporte
Fifa anuncia medidas para proteção de jogadoras na maternidade
A Federação Internacional de Futebol (Fifa) anunciou medidas protetivas para jogadoras, particularmente em relação à maternidade, a fim de dar novos padrões mínimos globais para as mulheres. As medidas incluem regras principais como licença maternidade obrigatória de pelo menos 14 semanas, com um mínimo de dois terços do salário assegurado à jogadora. A informação foi divulgada pelo Globo Esporte, nesta quinta-feira (19).
“Após o recente crescimento fenomenal e o sucesso sem precedentes da Copa do Mundo Feminina da Fifa na França, no ano passado, o futebol feminino está entrando em seu próximo estágio de desenvolvimento. Portanto, também temos que adotar uma estrutura regulatória que seja apropriada e adequada às necessidades do jogo feminino” disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
As jogadoras que adquirirem a licença maternidade, com as novas medidas, deverão receber suporte médico e físico adequados no retorno ao trabalho nos clubes. Nenhuma das profissionais deve sofrer uma desvantagem em consequência da gravidez. As medidas ainda incluem a presunção de que um contrato rescindido pelo clube neste período é devido a gravidez ou licença maternidade, sendo obrigatória a apresentação de provas nestes casos.
Caso o clube não comprove que a dispensa não tem relação com a maternidade, a jogadora receberá uma compensação extra igual a seis salários além do valor restante do contrato.
“As jogadoras estavam pressionando por essas melhorias e é bom ver que a Fifa ouviu a voz dos jogadoras”, disse o Secretário-Geral da FIFPRO, sindicato mundial de jogadores e jogadoras, Jonas Baer-Hoffmann.
De acordo com o Relatório de Emprego de 2017 da FIFPRO, apenas 2% das jogadoras tiveram filhos, enquanto 47% disseram que deixariam a profissão mais cedo para começar uma família. As reformas passarão por aprovação do conselho da Fifa em dezembro deste ano.
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