Presa há cerca de um ano, a ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, permanece na folha de pagamento do órgão. A desembargadora já recebeu durante o período de reclusão R$ 459 mil, segundo dados do tribunal que tem informações até setembro. As informações foram publicadas pelo Uol, neste sábado (28).

De acordo com a reportagem, Maria do Socorro está presa preventivamente desde 29 de novembro de 2019, após a Operação Faroeste, quando foi acusada de participação em um esquema de venda de decisões judiciais e grilagem de terras. Atualmente, a desembargadora está detida no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

O montante inclui benefícios como abonos e gratificações, em valores brutos, sem os descontos da Previdência Social e do Imposto de Renda (IR). Embora esteja presa e afastada do TJ-BA, os pagamentos não são ilegais.

Em dezembro de 2019, Maria do Socorro obteve uma renda bruta de R$ 65.369,59, quase o dobro do piso a que tem direito. Já em janeiro, o contracheque somou R$ 59.458,04 em rendimentos. Nos meses posteriores, os pagamentos da desembargadora giram em torno de R$ 41.700.