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Brasileira é uma das vítimas do ataque em igreja de Nice na França


Publicado 30 de outubro de 2020 às 07:13     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução

A brasileira Simone Barreto Silva, 44 anos, foi uma das vítimas de um homem armado com uma faca que realizou ataque em uma igreja na cidade francesa de Nice, na quinta-feira (29), informou o Ministério das Relações Exteriores.

De acordo com o Itamaraty, a mulher deixa três filhos. Ela foi morta, assim como outras duas pessoas, por um tunisiano que invadiu a igreja gritando “Allahu Akbar” (Deus é maior), em um ataque considerado pelo governo francês como ato de terrorismo. Segundo uma fonte da polícia, o ataque ocorreu perto das 9h (horário local), quando o homem entrou na igreja.

Simone era soteropolitana. O prefeito da capital baiana, ACM Neto (DEM), lamentou o fato. “Toda minha solidariedade aos familiares da baiana Simone Barreto Silva, que nasceu no Lobato, no subúrbio de Salvador. […] Fica a nossa imensa consternação diante desse crime bárbaro, condenado por todos os líderes mundiais, com os quais nos uniremos agora, na certeza de que o bom senso, a razão e a lucidez irão subjugar a irracionalidade, o fanatismo e a intolerância religiosa”, disse o gestor.

Em nota, o Itamaraty informou que “o Brasil expressa seu firme repúdio a toda e qualquer forma de terrorismo, independentemente de sua motivação, e reafirma seu compromisso de trabalhar no combate e erradicação desse flagelo, assim como em favor da liberdade de expressão e da liberdade religiosa em todo o mundo”.

Acrescentou ainda que “neste momento, o governo brasileiro manifesta em especial sua solidariedade aos cristãos e pessoas de outras confissões que sofrem perseguição e violência em razão de sua crença. O Itamaraty, por meio do Consulado-Geral em Paris, presta assistência consular à família da cidadã brasileira vítima do ataque terrorista”.

Outra prisão
Um homem de 47 anos, suspeito de ter mantido contato com o autor do ataque, foi detido na noite de quinta-feira, segundo o jornal Nice-Matin. O governo francês elevou o nível de segurança em todo o país para “urgência de atentado”, que corresponde a um estado de alerta máximo, e aumentou de 3 mil para 7 mil os militares que patrulham as ruas, para proteger especialmente os locais de culto às vésperas da festa católica de Todos os Santos, no domingo.

O ataque aconteceu menos de duas semanas depois do assassinato por decapitação do professor Samuel Paty em Conflans-Sainte-Honorine, uma pequena localidade a 50 km de Paris, por ter mostrado aos seus alunos caricaturas do profeta Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão.



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