Polícia
Desembargador que humilhou guarda em Santos é visto novamente andando sem máscara na praia
O desembargador Eduardo Siqueira, o mesmo que humilhou um guarda civil municipal em Santos (SP) no último dia 18 de julho ao ser multado por não utilizar máscara enquanto caminhava na praia, voltou a ser flagrado caminhando sem máscara em praia da cidade. As imagens foram publicadas nesta quinta-feira (6) pelo portal G1.
Registros enviados ao portal por uma moradora mostram o magistrado caminhando pela faixa de areia por 20 minutos sem máscaras, até ver uma viatura da Guarda Civil Municipal (GCM). Além disso, segundo a moradora, ele era observado por outras pessoas que passavam, sendo reconhecido por conta da péssima repercussão do vídeo onde ele humilha o guarda. Os registros ainda mostram que ele usava uma bermuda semelhante à do primeiro registro.
Procurado pelo G1, Eduardo Siqueira disse que não se lembrava de ter ido à praia, e que provavelmente não era ele, já que afirmou estar trabalhando no dia em questão. Mas ele ainda completa falando dos guardas: “Uma coisa que eu ignoro são essas viaturas da guarda, esses meninos para cima e para baixo. Não dou a menor bola para eles, é um desprazer ver eles estragando, destruindo, poluindo a praia”.
No caso do dia 18 de julho, ao ser multado por não utilizar máscara enquanto caminhava na praia, o desembargador humilhou um guarda municipal. No vídeo (feito por outro guarda) ele chama o agente de “analfabeto”, rasga a multa e dá uma “carteirada”, telefonando para o secretário de Segurança Pública de Santos, Sérgio Del Bel.
Na época, Eduardo disse que o vídeo era verdadeiro, mas estava fora de contexto, criticou o guarda municipal e decreto (classificou-o como inconstitucional), e disse ter sido vítima de uma armação. O guarda em questão e seu colega de trabalho receberam uma medalha da corporação por conduta exemplar na abordagem.
Desde o início da apuração do caso, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que Eduardo Siqueira foi alvo de 40 procedimentos nos últimos 15 anos, e que todos estes processos foram arquivados.
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