Saúde


Diretor-presidente da Anvisa nega interferência política na agência após decisões sobre a CoronaVac


Publicado 13 de novembro de 2020 às 16:22     Por Fernanda Souto     Foto Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse que não há interferência política no órgão e que a interrupção dos testes da vacina CoronaVac foi um “evento de rotina”, durante audiência de uma comissão mista do Congresso, nesta sexta-feira (13).

“Em relação à pergunta da interferência política na agência [a resposta] são duas palavras: Não há”, disse. “Esse foi um evento de rotina, já tivemos outras interrupções longas. Interrupção e protocolo vacinal é rotina, não é caso especial. Então, se isso tivesse sido tratado como do desenvolvimento vacinal, fato rotineiro, da área técnica, nós não estaríamos agora tendo essa conversa com os senadores e a população não estaria preocupada. Rotina nossa é, em caso de dúvida, interromper para esclarecer”, completou.

Aos congressistas, o presidente da Anvisa explicou que houve um ataque de hacker ao sistema do Ministério da Saúde, o que afetou também a agência. De tal forma, segundo ele, a agência não recebeu o aviso do Instituto Butantan sobre a morte do voluntário.

Barra Torres afirmou ainda que a decisão de interromper os testes da vacina não foi dele, mas de uma comissão interna da agência, formada por quatro técnicos. De acordo com ele, a decisão dos técnicos foi motivada pela falta de informações sobre o caso.

Na última segunda-feira (9), a Anvisa havia suspendido os testes da CoronaVac, por causa de um “evento adverso grave”. No dia seguinte, um boletim de ocorrência da Polícia Civil de São Paulo indicou que a causa da morte do voluntário foi suicídio, e a agência liberou a retomada das pesquisas na quarta-feira (11).

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