Política


‘Governo estava colocando os pés pelas mãos’, diz Kitty Lima sobre contratação de hotel


Publicado 17 de abril de 2020 às 13:00     Por Peu Moraes     Foto Divulgação / Assessoria Parlamentar

A vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), Kitty Lima (Cidadania), avaliou em entrevista ao AjuNews, nesta sexta-feira (17), que o Governo do Estado errou na contração do Hotel MEPS Executive S/A feita por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES) no valor R$ 960 mil para abrigar médicos e pacientes diagnosticados com o novo coronavírus (covid-19). Na conversa com a reportagem, a parlamentar afirmou que o processo deve ser feito com mais transparência.

“É evidente que o governo estava colocando os pés pelas mãos e recuou porque percebeu que a sociedade inteira está alerta em relação a esse tipo erro. O povo precisa de transparência para acompanhar as ações do governo e se sentir segura a respeito de sua própria saúde, além de proporciona o controle social devido para essa situação”, disse.

A parlamentar colocou também que a situação de estado de calamidade apesar de necessária, traz um risco muito grande à Administração Pública. “Pois, os gestores ficam liberados para fazer contratações urgentes e muitas vezes sem os estudos adequados para saber da viabilidade. A Questão do contrato do hotel é exemplo claro dessa situação, contratou um hotel inteiro sem saber quantos médicos iriam necessitar desse tipo de auxílio e por quanto tempo. Concentrou tudo em apenas um hotel e nós sabemos que existem outras unidades de saúde no estado que possuem médicos com essa necessidade”, disse.

No final da tarde desta quinta-feira (16), o governo anunciou a suspensão do contrato após o conselheiro-presidente, Luiz Augusto Ribeiro, Tribunal de Contas do Estado (TCE), comunicar abertura auditoria em dois contratos firmados pela Secretaria de Estado da Saúde. Além do contrato com o hotel, também é alvo de investigação o contrato para prestação de serviço de manutenção preventiva e corretiva com reposição total de peças e recarga de gases dos condicionadores de ar, no valor de R$ 2.718,611,81.

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