Política


Ministro diz que reconhece “imbecilidade” se a China vender 1 mil respiradores para o MEC


Publicado 06 de abril de 2020 às 15:44     Por Larissa Barros     Foto Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Após tensão, ministro da educação, Abraham Weintraub condicionou um pedido de desculpas a China caso o país venda mil respiradores para o Ministério da Educação (MEC) a “preço de custo”, para ajudar no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus (covid-19). A informação foi divulgada pelo jornal Estadão, nesta segunda-feira (06).

Weintraub deu as declarações durante entrevista ao programa do jornalista Luiz Roberto Datena, na Rádio Bandeirantes.  Segundo o ministro, o seu envolvimento em questões relacionadas aos equipamentos hospitalares está ligado ao fato do Ministério da Educação (MEC) ser responsável por todos os hospitais universitários do Brasil, e que eles precisam de 1 mil respiradores que estão em falta.

“Dado que a Embaixada Chinesa ficou tão ofendida, e eu sei como é uma negociação dos chineses, esse processo cultural, ‘estou extremamente ofendido, venha pedir desculpas de joelhos aqui’, (…) eu vou fazer o seguinte, meu acordo : Eu vou lá, eu peço desculpas, peço ‘por favor, me desculpe pela minha imbecilidade’. A única coisa que eu peço é que dos 60 mil respiradores que estão disponíveis, eles vendem mil para o MEC, para salvar a vida de brasileiros, pelo preço de custo. Manda a embaixada colocar aqui nos meus hospitais, e eu vou lá para Embaixada e falo ‘eu sou um idiota, me desculpem’ “, registrado.

De acordo com o ministro, a China escondeu informações sobre a covid-19 para vender a preço de leilão os respiradores e equipamentos de proteção individual, como máscaras.

“O governo da república chinesa, aonde começou o coronavírus, poderia ter alertado o mundo inteiro que ia faltar respirador. Que nós já teríamos 3 meses para fazer respirador. Isso não foi feito. Agora, que estamos desesperados correndo atrás de respirador, o que acontece? Aparece 60 mil respiradores na China e eles estão leiloando. Aparece um monte de equipamento, de proteção, de máscara, e eles estão leiloando. Então assim, teve tempo deles se prepararem para vender para o mundo, pelo preço mais alto, respirador e máscara”, disse Weintraub.

De acordo com o jornal, o ministro também negou que a publicação na qual usou o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, para fazer chacota da China tenha cunho preconceituoso e disse não ser racista, e disse que chamar de racista é uma acusação grave.

“Não acho que foi um post tão pesado. Não xinguei nenhum chinês. Tenho um monte de amigos chineses e conheço uma cultura chineses; falar que eu sou racista é uma acusação que, se fosse um brasileiro, ia ter que provar na justiça, exatamente como alguns chamaram e vão ter que provar, porque é uma acusação grave”, completou o ministro da educação.

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