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Ministério Público de Milão pede extradição e prisão internacional de Robinho


Publicado 15 de fevereiro de 2022 às 18:40     Por Quesia Cerqueira     Foto Divulgação / Robinho

O Ministério Público de Milão enviou uma solicitação ao Ministério da Justiça da Itália pedindo a extradição e a prisão internacional do atacante brasileiro Robinho. No dia 19 de janeiro, o jogador foi condenado em última instância a nove anos de prisão por violência sexual em grupo .

Segundo o jornal italiano “La Reppublica”, que noticiou o pedido, assinado pela promotora Adriana Blasco na noite dessa segunda-feira (14), é improvável que o jogador seja extraditado, já que o Brasil não o faz a seus cidadãos. Portanto, o jogador só corre risco de prisão caso deixe o país.

Robinho tem 38 anos e não faz um jogo oficial desde julho de 2020, quando atuava pelo Sivasspor, da Turquia. Meses depois de deixar o clube turco, o jogador chegou a acertar com o Santos, mas o acordo foi suspenso após pressão de patrocinadores.

O jogador e um amigo, Ricardo Falco, foram condenados na 3ª Seção Penal da Corte de Cassação de Roma, a última instância de recursos na Itália, por violência sexual em grupo contra uma jovem albanesa. O caso aconteceu em uma boate na Itália, em 2013. 

Além de Robinho e Falco, outros quatro homens também teriam participado da violência, mas como não foram encontrados durante as investigações, a justiça italiana abriu um outro processo para eles que se encontra atualmente suspenso.

O próximo passo nos procedimentos legais é o envio do pedido de prisão internacional à Interpol que incluirá os nomes de Robinho e Falco na lista vermelha de procurados. Após a justiça italiana ser notificada da localização e eventual prisão dos brasileiros, eles poderão ser extraditados. Mas devido a Constituição brasileira, que não permite a extradição de seus cidadãos, dificilmente Robinho e Falco serão mandados para uma prisão italiana.

A defesa do jogador, representado pelo advogado Franco Moretti, disse à imprensa italiana que aguarda mais informações sobre o assunto. Moretti ressalta que seu cliente “sempre reiterou sua inocência”.



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