Economia


Ampliação do auxílio emergencial pode gerar déficit perto de R$ 1 trilhão em 2020, diz jornal


Publicado 01 de setembro de 2020 às 11:26     Por Eduardo Costa     Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Governo Federal anunciou nesta terça-feira (1º) a ampliação do auxílio emergencial por mais quatro meses, com parcelas de R$ 300. Segundo a Folha de São Paulo, a medida deve ampliar os gastos da União em mais R$ 100 bilhões neste ano. Com isso, os gastos públicos totais chegam perto de R$ 1 trilhão em 2020.

Com a extensão, o governo pretende encontrar tempo para planejar mais o Renda Brasil, programa que substituirá o Bolsa Família. O programa teve anúncio suspenso após Bolsonaro vetar o corte de benefícios como o abono salarial.

O auxílio emergencial, inicialmente, foi pensado com parcelas de R$ 200. Mas após pressão de parlamentares, o governo aprovou três parcelas de R$ 600. Em seguida, o benefício foi prorrogado por mais dois meses. Até o momento, segundo a Folha, o Tesouro Nacional já liberou R$ 254,4 bilhões para o auxílio a mais de 67 milhões de pessoas.

Paulo Guedes, ministro da Economia, chegou a defender que o benefício fosse encerrado após a prorrogação de dois meses, mas Bolsonaro negou. Cada uma das novas parcelas deve custar ao menos R$ 25 bilhões, colocando o valor total do programa próximo a R$ 360 bi.

Como destaca a reportagem, apenas com a aprovação do decreto de calamidade pública e do chamado Orçamento de Guerra, foi possível liberar tal valor. Com a extensão do programa, o déficit deve chegar a algo próximo de R$ 1 trilhão nas contas públicas em 2020.

Segundo o jornal, o ministro da Economia e o presidente devem se encontrar nesta terça-feira (1º). Interlocutores afirmam que Bolsonaro quer o auxílio emergencial e o Renda Brasil como “vitrines” de seu governo, abrindo caminho para eventual reeleição.

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