O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) concedeu entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quarta-feira (5). Em um dos tópicos, ao comentar sobre o choque entre expansão de gastos e austeridade no Governo Federal, o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que Paulo Guedes, ministro da Economia, “vai ter que dar um jeito de arrumar mais um dinheirinho”.

Flávio foi perguntado na entrevista sobre em qual lado estaria no choque econômico do governo. De um lado, a ala representada pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, prega a expansão de gastos. Do outro, Paulo Guedes se mostra a favor da austeridade.

O senador respondeu: “É uma equação em que não dá para fazer mágica. Por um lado, se o Paulo Guedes segura e não faz loucuras, é porque já foram R$ 700 bilhões gastos no combate à pandemia, justamente o que estimávamos economizar em dez anos com a Reforma da Previdência. Por outro lado, acho que tem de haver uma certa flexibilização. Há obras paradas no Brasil há mais de dez anos. Acredito que o Paulo Guedes vai ter que dar um jeito de arrumar mais um dinheirinho para a gente dar continuidade a essas ações que têm impacto social e na infraestrutura”.

Ao ser questionado se esse “dinheirinho” viria por meio de um novo imposto planejado pelo Governo Federal e que está sendo batizado de “nova CPMF”, Flávio Bolsonaro fez questão de negar a nomenclatura em questão, mas defendeu a ideia.

“O Paulo Guedes ainda não apresentou o texto final, mas já falou em redução da carga tributária sobre folha de pagamento e de aumentar o limite de isenção de imposto de renda. Acho o imposto digital atrativo, porque tira carga de quem gera emprego e dos mais pobres e aumenta a base de contribuintes e diminui a sonegação”, declarou.

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