Política


Sem política de correção, salário mínimo no Brasil deve ser de R$ 1.067 em 2021


Publicado 19 de agosto de 2020 às 11:23     Por Eduardo Costa     Foto Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Brasil completará dois anos sem políticas para correção do salário mínimo. Segundo informações do jornal O Globo, a equipe econômica do Governo Federal não planeja criar uma regra para ajustar o piso nacional, que deve crescer o equivalente a inflação sem ganho real. Com isso, a previsão do governo é que, a partir do governo, o mínimo saia dos atuais R$ 1.045 para R$ 1.067.

Como lembra O Globo, até 2018 uma regra previa um reajuste real do salário mínimo em caso de crescimento da economia, concedendo aumento com base na inflação do ano anterior e acrescido da variação da economia dos dois anos anteriores. Mas ela expirou no final de 2018.

Com isso, desde 2019, o atual governo estabelece o valor do salário por medida provisória. O mínimo acaba sendo referenciado na inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O INPC (índice que mede a inflação de famílias com rendimento mensal de um a cinco salários e reajusta os benefícios do INSS) deve ser de 2,1%. Por isso a previsão de aumento do mínimo, passando de R$ 1.045 para R$ 1.067.

Como destaca o jornal O Globo, mais da metade dos gastos com o pagamento de aposentadorias no Brasil são corrigidos pelo salário mínimo. Estas despesas são as principais do Orçamento. Segundo o Governo Federal, R$ 1 de aumento no mínimo representa R$ 355 milhões a mais de despesas.

A matéria completa lembrando que, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo é referência para 49 milhões de pessoas no Brasil.

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