Educação
Professores deflagram greve contra a volta às aulas presenciais na rede estadual
Os professores da rede estadual de Sergipe e dos municípios sergipanos, com exceção de Aracaju, decidiram entrar em greve contra o retorno das aulas presenciais. O anúncio foi feito após assembleia unificada em reunião virtual, realizada na tarde desta terça-feira (4), pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese).
De acordo com a categoria, não é o momento para a retomada das atividades em virtude do atual comportamento da Covid-19 no estado, que tem elevado o número de internações da UTI tanto no setor público, quando na rede privada. “Não vão iniciar as aulas presenciais previstas para o dia 10 de maio para o 1º e 2º ano do Ensino Fundamental, no caso da rede estadual, e na situação das redes municipais de quaisquer turmas, pois o decreto liberou os prefeitos e prefeitas a escolherem as modalidades a serem iniciadas. O sindicato espera que os gestores municipais não iniciem as aulas presenciais, continuem com as aulas remotas e garantam as condições necessárias para que elas sejam ministradas pelos educadores e acessadas pelos estudantes”, informou o Sintese.
O sindicato também realizará um ato, no dia 10 de maio a partir das 8h, em frente a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura. Já as aulas remotas continuarão sendo ministradas.
Os professores também autorizaram o sindicato a impetrar ação judicial para impedir o início das aulas presenciais. “A assessoria jurídica do Sintese já está preparando os procedimentos para dar entrada na ação”, reforçou.
Segundo a presidente do Sintese, Ivonete Cruz, até o momento, não foi apresentada nenhuma justificativa científica que corrobore o retorno das aulas presenciais. “Vivemos o momento mais difícil da pandemia, com ocupação máxima de leitos de UTI, sem perspectiva de quando os trabalhadores da Educação (professores e funcionários) serão vacinados, sem testagem em massa dos estudantes e sem condições sanitárias e até mesmo de pessoal nas escolas. A decisão da assembleia é uma defesa da vida e não somente a dos professores e professoras, mas dos trabalhadores das escolas, dos estudantes e de suas famílias”, afirmou.
Outro aspecto abordado na assembleia pelos professores e professoras é que a falta de condições de trabalho e o aumento exponencial do mesmo em decorrência das aulas remotas têm causado um aumento no adoecimento dos docentes.
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