O senador Alessandro Vieira (Cidadania) afirmou que denunciou para Polícia Federal suposto “derrame de dinheiro” para compra de votos que ultrapassam R$ 10 milhões nas eleições de Aracaju. “O Brasil ainda tem um domínio violento do dinheiro. De acordo com denúncia que recebemos e repassamos para a Polícia Federal, houve a expectativa de um derrame de mais de R$ 10 milhões para compra de votos aqui em Aracaju”, disse o senador durante entrevista à Rádio Jornal nesta quinta-feira (12).

Segundo o parlamentar, o fato se repete em todas as eleições. “A cada dois anos acontece compra de voto, compra de liderança, todo mundo sabe, acontece a céu aberto e os órgãos não fazem nada. Vamos ver se esse ano essa turma bota a mão na consciência, vai para rua e trabalha. Hoje o que acontece é que quem tem os recursos financeiros na mão faz a compra [de voto] e essa compra faz a diferença na eleição, especialmente, nos proporcionais, numa disputa de deputado, de vereador, faz a diferença, e isso corrompe a democracia”, acrescentou.

Alessandro também destacou que o cidadão corrupto precisa ser retirado da política. “O prejuízo é muito grande, a gente perde vidas, perde em educação, em saúde. A gente batalha lá em Brasília, consegue o recurso, traz pra cá e você vê os recursos desaparecendo. As obras não são executadas corretamente ou sequer começam. Também tem investimentos em setores cruciais, como foi o caso do Hospital de Campanha que gerou operação da Política Federal e o afastamento de um cidadão, e quando você vai ver, o cidadão tá lá fazendo campanha para Edvaldo, aparecendo nos programas eleitorais ao lado de Edvaldo Nogueira. Esse é o nível de falta de vergonha desse povo”, criticou o parlamentar.

Questionado por um ouvinte sobre não estar aparecendo no programa eleitoral da candidata a prefeita de Aracaju, Danielle Garcia (Cidadania), Alessandro alegou que quem tem que aparecer é ela. “Eu não sou o candidato, a candidata é Danielle, uma mulher forte, preparada e competente. Todos os espaços que a gente têm precisam ser ocupados pela candidata, para que o cidadão entenda quem ela é, conheça a história dela, pela sua coragem e honestidade e perceba que é uma boa opção de voto. Não sou da política velha onde você tem que ter um padrinho, o dono do poder todo. Como estamos ouvindo agora ‘o candidato do governador’, ‘o candidato de não sei quem’”, finalizou.

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