O deputado estadual Capitão Samuel (PSC) afastou a ideia de desembarcar no Republicanos para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, nas eleições que devem acontecer em outubro deste ano. O parlamentar que já lançou pré-candidatura a deputado federal confirmou que tem conversado com outras lideranças para definir seu destino final. Definição de quadro da sigla para 2022 foi o motivo da desistência de Samuel.

“Nos aproximamos muito do Republicanos, mas a notícia de ontem nós afastou. Parece que a chapa será com Heleno, Gustinho Ribeiro, Fábio Henrique. Então são dois deputados federais e eu sou pequenininho. Não dá pra entrar em um bolo desse”, disse o Capitão, em entrevista à rádio Fan FM, nesta sexta-feira (21), ao definir que deve definir novo partido em fevereiro.

Entre as opções do parlamentar estão MDB, PL, PSD, PTB. “Estamos conversando também com o PP, caso Laércio Oliveira concorra a senador. É um partido que está em aberto também”. O deputado, que já declarou apoio ao nome de Fábio Mitidieri para o Governo de Sergipe, disse que não tem definido a preferência para o nome de Senado. “Estou focado nas pré-candidaturas para deputado federal”.

Sobre o pedido do Ministério Público de Sergipe (MP-SE) para que a Polícia Civil abra um inquérito para investigá-lo sobre supostos crimes de homofobia e racismo, o deputado voltou a se manifestar pelas redes sociais. “Já presenciei acusações que a Polícia é elitizada mesmo com 95% do efetivo tendo origem humilde e vindo da periferia. Ontem nos grupos WhatsApp me atacaram e a todos os policiais com acusações mentirosas. Espero abertura de inquérito também”, postou.

Capitão Samuel também afirmou que em 30 anos de Polícia Militar nunca foi acusado de crime homofobia e racismo. “Vi minha policia ser acusada de racismo mesmo com 70% do efetivo sendo negra, no efetivo temos todas as cores e orientações sexual, zero problema pois o respeito prevaleceu sempre. Sou Cristão!”, finaliza.

O motivo do pedido do MPSE é uma publicação feita pelo parlamentar em novembro de 2021, nas suas redes sociais, em que uma mão negra, trajada com as cores da bandeira LGBTQIA+, aparece representando uma ‘ameaça para a família’. Conforme protocolo do Código de Processo Penal, a Polícia Civil precisará de autorização do Judiciário de Sergipe para abrir inquérito contra o deputado estadual, que goza do foro especial por prerrogativa de função.

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